domingo, 12 de maio de 2013

REDAÇÃO CRIATIVA - aluna Laura Arruda, 9º ano, se destaca pela sua criatividade


Com o objetivo de incentivar o gosto pela literatura, e, principalmente estimular a criação dos  próprios textos nos alunos do 9º ano, a professora de português,   Vírginia dos Anjos, pediu que todos elaborassem uma redação livre com a seguinte proposta:


Redação Criativa:

 Descrever um prédio visto por um homem cujo filho acaba de morrer em um assalto. Não mencionar as palavras “filho, assalto e homem" .

Diante de tantas produções, a aluna Laura Arruda, foi a que mais se destacou. 


Abaixo, a sua produção:

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O Lugar

            - Ah! Esse prédio... Azul, branco e bege, grande, janelas pretas, portões brancos, gramado na frente... Ah, como é lindo não é, papai, eu um dia ainda vou morar aqui! – dizia Arthur ao seu pai.
            Todos os dias Carlos – trabalhador, dedicado, humilde e apaixonado por seu menino – levava e buscava Arthur todos os dias na escola e sempre, passavam pelo mesmo caminho, em frente aquele prédio.
            Arthur foi crescendo e crescendo... Mas, aquele prédio nunca foi mudado, já se passara uns anos, e sempre tudo foi do mesmo jeito e Arthur nunca tirou da cabeça a ideia de morar lá um dia.
            - Pai, pronto. Já assinei todos os papeis, aquele apartamento, número 601, é meu, é meu pai ! –Dizia Arthur, muito feliz, por ter realizado um de seus sonhos.
             Mas, um dia, toda felicidade de acaba. Arthur é assassinado, com dois tiros na cabeça e além de tudo, o acontecimento foi em frente àquele prédio...
             Carlos, ainda sem saber de nada, passa por ali, voltando do trabalho, quando tropeça e olha para o chão e vê seu menino, deitado no chão, morto. Ali, naquele momento, tudo se escurece. Nada faz sentido. Tudo parece perder a razão.
            Passaram-se anos e anos...
            Carlos, ainda inconformado, decide passar em frente o prédio, para reviver um pouco aquele passado tão triste, talvez uma tentativa de aceitar o inaceitável.
            Quando ele chega ao lugarzinho em que Arthur foi morto, passa um filme em sua cabeça de tudo. Carlos se ajoelha, fecha os olhos e diz:
            - É, meu menino, um dia, eu estava segurando sua mão, aqui, quando você ia cair, você tropeçou em uma pedra e eu te segurei, para impedir que machucasse, você tinha só 7 anos. Você amava este lugar, este prédio; lembro-me do dia em que você chegou em casa me contando que tinha realizado seu sonho, tinha comprado um apartamento aqui. Sinto como se neste momento eu voltasse no tempo e o revisse. Meu pequeno menino, um dia eu segurei sua mão e te dei forças, quando você queria desistir, hoje eu te peço – e nesse momento, uma lágrima se escorre por seu rosto – eu te peço, segura minha mão e me guia. Preciso de você, para continuar sorrindo, para continuar vivendo. Te amei até mesmo antes de você nascer e te amarei até quando eu for embora desse mundo, dessa vida, nada vai nos separar, meu menino, sinto como se nesse momento você estivesse aqui, ao meu lado, me abraçando. Eu te amo, meu pequeno grande menino...
Laura Arruda – aluna do 9º ano do Ensino Fundamental 

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